Descrição
Em uma noite fria de lua cheia de 1892, a jovem francesa Marie Jolie foge em alta velocidade pela Mata Atlântica intocada dos arredores de São Paulo. Ela voa por entre as árvores, desviando de galhos e pulando raízes, desesperada, como uma pequena lebre recém-nascida que, sozinha, se depara com uma onça faminta.
Seus alvíssimos cabelos louros esvoaçam atrás dela. Suas roupas elegantes estão rasgadas e seu rosto, transfigurado de pavor, está todo arranhado e sujo com o sangue arrancado pelo choque contra os espinhos dos arvoredos. Sua vida está em iminente perigo.
No encalço da jovem, em uma verdadeira caçada humana, vem Alcebíades, codinome Queixo Rubro, um perigoso maníaco assassino que carrega na alma uma virulência hostil, e no rosto, uma enorme e nauseabunda barba vermelha em brasa.
Ele é capitão-do-mato, um caçador de gente profissional cujas funções principais foram, por décadas, recapturar e punir violentamente escravizados fugitivos e liderar, no interior da floresta, expedições de busca e destruição de quilombos e centros de resistência.
A garota havia presenciado, por acidente e puro azar, um brutal assassinato cometido pelo maníaco ruivo. Ela tinha se tornado, portanto, uma prova do crime, a quem o facínora precisava dar fim de qualquer jeito.
Durante a perseguição, entretanto, Marie é encontrada por uma figura misteriosa, um velho negro sem nome e de cabelos brancos que, junto com seus dois companheiros, decide ajudá-la a escapar da morte, mesmo que, com isso, coloquem em risco as próprias vidas.
Essa é a história dos três anônimos da Paulista. Essa é a história d’O Crime do Parque Trianon.
Especificações
132 páginas – 14×21 – ISBN 978-65-84811-21-8 – 1a. Edição – 2023
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Pedro Fontana
Formado em Direito pela USP, segui o caminho natural de um jovem advogado qualquer: escrever romances sobre crimes em parques. Não, caro(a) leitor(a), eu não me tornei um “operador do Direito”. Nada contra, tenho até amigos que são, mas não era pra mim. Muito terno, gravata e “doravantes”. Fui querer ser escritor e acadêmico. Na academia, faço mestrado em Comunicação, onde estudo pós-verdade, populismo, entretenimento e política. Acredito que vivemos na era do caos e do absurdo, na qual tudo é líquido, incerto e polarizado; nada faz sentido, e a verdade factual é desprezada por grande parte da sociedade, profundamente fragmentada em bolhas de realidades paralelas e personalizadas.
Como muita gente (talvez você), sofro com a hiper-aceleração do tempo da vida digital, e busco refúgio da inevitável ansiedade do mundo contemporâneo na escrita. Literatura, humor e pesquisa são a minha tríade angular. Na literatura, busco inspiração na História, sobretudo do Brasil, e no humor, faço vídeos satíricos nos quais tento expor algumas das minhas inquietações sobre o contexto político surrealista que nos cerca. Escrevi este livro, meu primeiro, em 2022, quando morava a poucas quadras do Parque Trianon, inegavelmente um lugar impressionante. Suas árvores enormes, caminhos sinuosos e relevância histórica fazem com que seja fácil, para quem caminha por ali, viajar em pensamentos e imaginar mil e uma histórias, reais e fictícias. Espero de coração que você goste. Um grande abraço e boa leitura!